Jerônimo espera que nova ponte no Extremo Sul saia em 1 ano e diz que BAs não estavam preparadas para aumento de fluxo

 

O tráfego de caminhões sobre a ponte do Rio Jequitinhonha, localizada em Itabebi, na região da Costa do Descobrimento, não será mais permitido mesmo após a liberação da estrutura atualmente interditada. A informação foi confirmada pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), durante entrevista concedida à rádio BandNews Salvador nesta quinta-feira (22).

De acordo com o chefe do Executivo baiano, uma nova ponte será erguida ao lado da existente, com previsão de conclusão em até um ano. A decisão tem como objetivo garantir mais segurança e eficiência no tráfego da BR-101, especialmente no trecho que corta o Extremo Sul do estado.

Jerônimo também destacou os impactos causados pelos desvios emergenciais, que têm sobrecarregado estradas estaduais (BAs). Segundo ele, essas vias não foram projetadas para suportar o intenso fluxo de veículos pesados que normalmente utilizam a BR-101.

“A situação pegou todo mundo de surpresa, não deu tempo de preparar as alternativas. As estradas estaduais não têm a mesma capacidade de suporte que uma rodovia federal. O volume de cargas é alto demais para essas vias”, pontuou o governador à BandNews.

Ainda segundo Jerônimo, o problema na ponte é consequência direta da ausência de manutenção adequada ao longo dos anos, o que tornou inevitável a interrupção do tráfego no local.

Durante a entrevista, o governador relatou ter dialogado com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), sobre a possibilidade de permitir, de forma provisória, a circulação de veículos leves, como ambulâncias, viaturas e até ônibus, na ponte atual, enquanto a nova estrutura não é concluída.

“O ministro nos informou que estão finalizando um estudo técnico para verificar até onde a ponte atual resiste. Se for seguro para passar apenas veículos menores, isso será permitido. Mas está decidido: caminhões não circularão mais por ali. A ponte não será demolida, e sim substituída funcionalmente por uma nova paralela”, finalizou Jerônimo.